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Feijões e o resgate do poder interno

Nas histórias há sempre um herói, mesmo que seja uma criança pobre como o João do Pé de Feijão.


Consta que o João era um bocadinho tolo. Um dia, a sua mãe pediu-lhe que vendesse uma vaca, pois a vaca já não dava leite e estavam a ficar sem recursos financeiros (sem poder).


João foi ao mercado e pelo caminho encontrou um homem que lhe ofereceu uns feijões mágicos em troca da vaca. O menino aceitou.


Muito feliz com a troca, João regressou com os feijões, para desespero da mãe, que os atirou pela janela. Como é que o seu filho tinha podido trocar o único meio de subsistência da família pela promessa de algo completamente irracional? Sementes mágicas? Que disparate!


João foi dormir, triste por não agradar à mãe.


De noite, a magia aconteceu. Quando colocamos a nossa fé em algo mágico, há sempre a possibilidade de um milagre.


No dia seguinte, João deparou com um enorme feijoeiro, que subia para lá das nuvens.


João decidiu subir e encontrou um palácio onde habitava um Gigante.


Evitando o Gigante, o menino regressou com moedas ou ovos de ouro (varia conforme as versões da história). Isso dava-lhe alguma garantia de subsistência, mas não alterou de forma drástica a sua vida e a da sua mãe. Ele tinha adquirido algum poder, mas esse poder rapidamente se acabaria.


Na segunda visita ao palácio, João resolveu trazer uma galinha que punha ovos de ouro. Isso já lhe conferia poder económico abundante, sem limites.


Na terceira visita, vendo-se perseguido, João teve de cortar o feijoeiro e matar o Gigante, mas trouxe de lá uma harpa que tocava música sozinha. A beleza da música evoca um poder totalmente distinto: um poder espiritual, o poder do nosso Eu Superior.


Herói imaturo (criança) e aparentemente sem moral (ele rouba os tesouros do Gigante), a verdade é que João subiu até ao Céu, ou seja, ascendeu a níveis superiores dentro do seu próprio Ser. Adquiriu sabedoria, poder e maturidade.


De uma situação de escassez, conseguiu ascender a uma situação de riqueza material e espiritual e, nesse momento, pôde cortar o feijoeiro pois já não precisava dele para aceder aos tesouros.


João não precisou de ser um príncipe para aceder a estas riquezas, pois a história está a dizer que qualquer um de nós tem esse poder.


Podemos ser imaturos e pouco inteligentes, mas se confiarmos nas sementes que plantamos, por mais pequenas que sejam, e se tivermos a coragem de subir até ao nosso "Céu", podemos ir reclamar os tesouros que são nossos.


Na verdade, João nunca roubou nada, pois tudo aquilo era seu. O próprio Gigante era um aspecto maligno de si próprio, e por isso foi destruído.

As Sombras escondem sempre o ouro mais puro


Todos nós temos o poder de destruir as nossas Sombras, mas para isso primeiro temos de enfrentá-las e descobrir o "ouro" que elas escondem.


É através da aceitação da diversidade que percebemos que o poder não é exclusivo de príncipes, reis, feiticeiros e sacerdotes. Precisamos de acreditar que qualquer um de nós tem direito a ter poder e sucesso, e que só trazendo as riquezas do mundo Superior é que conseguimos alcançá-los.



Sementes mágicas


A forma como João faz a transição de criança tola para rapaz poderoso é através de sementes.


As sementes que dão origem ao feijoeiro podem ser vistas como pequenos hábitos, pequenas crenças, pequenas mudanças que operamos na nossa vida. Desde que corretas, têm o potencial de nos elevar para além das nossas vidas de escassez.


Isso dá-nos a esperança de conseguir mudar a nossa vida através de pequenos passos.


Por exemplo:


- substituir pensamentos negativos por pensamentos positivos

- praticar meditação regularmente

- estabelecer conexão com a Natureza diariamente

- tornar a nossa alimentação mais consciente

- ter a coragem de sermos verdadeiros com quem amamos

- saber dizer não

- respeitar-nos, respeitar os outros, respeitar o planeta

- ser gratos em vez de reclamar

- apreciar a beleza em tudo

- aceitar que as dificuldades são para o nosso crescimento

- não fechar aos olhos aos ensinamentos da Vida



Como trazer o poder da história para a nossa vida atual?


Crescemos num mundo pobre na forma como nos tenta moldar. Há uma ideia padrão do que um Ser Humano deve ser, só que essa ideia não consegue abarcar a imensa diversidade de seres e de possibilidades.


Observando a nossa sociedade actual, o que é o poder? Quem detém o poder?


De uma forma muito simplista:


Na nossa infância: os pais.


Na escola: os professores.


Nas empresas: os patrões.


Na sociedade: os governantes.


E por aí fora...


Aceitar esta estrutura é negar a existência de algo muito mais complexo:


Somos elementos de uma rede extremamente elaborada, onde cada relação pode tocar outras em lugares distantes da rede.

É por isso que uma criança, aparentemente frágil, como Greta Thunberg, consegue mobilizar milhares de pessoas. Que poder tem esta criança? Na hierarquia da sociedade atual ela está na base e não no topo. É mulher, é criança, tem Asperger. A sociedade patriarcal não a considera como líder, mas a nova sociedade reconhece-a como tal.


Estamos num período de mudanças profundas que necessariamente tocam as questões relacionadas com o poder, não só a nível coletivo, mas também a nível individual (aliás, se percebermos que o coletivo é sempre expressão do individual, nunca há verdadeira diferença).


Vivemos em rede e qualquer ponto da rede tem a sua forma de poder muito específica.


Isso quer dizer que o João pobre e tolo tem tanta possibilidade de viver a sua expressão plena como o presidente de uma multinacional. Desde que cada um cumpra aquilo que é o seu propósito, terá acesso ao verdadeiro poder.


O verdadeiro poder reside dentro de cada um nós, quando em alinhamento com o nosso Eu Superior


Por isso toda a estrutura das sociedades atuais está mal alicerçada, mal sustentada, e vai cair nos próximos anos, tornando-se urgente que cada um de nós aprenda a resgatar o seu poder interno.


É altura de plantar as nossas sementes de feijoeiro e subir para reclamar o ouro da nossa Verdade.


 

Viaja comigo nas histórias! 🍄✨🌷✨🐉✨👑



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