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Os planetas no Human Design


Recuemos no tempo. Ainda não há imagens reproduzidas em ecrãs ou em folhas de papel, e o que vemos é o que o mundo natural nos apresenta.


O conhecimento é transmitido por via oral, e o instinto ainda nos liga de forma intensa a tudo o que é selvagem.


Por trás de nós, erguem-se as muralhas das primeiras cidades e escuta-se o suave murmúrio dos alvores da civilização, mas estamos fascinados a contemplar o firmamento. Ainda sem telescópios ou sondas espaciais, somente temos vislumbres do movimento dos astros.


O Sol impõe-se, com a sua força a sustentar a vida na Terra. A Lua vem logo a seguir, com os seus misteriosos ciclos. Há um astro que brilha intensamente e que suscita amor nos corações dos homens, e milhares de pequenos pontos de luz, que parecem criar desenhos.


Planetas no Human Design

Se os sumérios foram os primeiros a cartografar os movimentos dos astros, os gregos foram os que lhes deram o nome que ainda hoje usamos. Aquelas luzes em movimento eram "πλάνητες ἀστέρες" (planetes asteres: "estrelas errantes") ou simplesmente "πλανήτοι" (planētoi: "errantes").


Planetas. Aqueles que erram pelo cosmos e que nos encantam com o seu movimento. Uma palavra que mudou de significado e que ainda hoje não gera consenso (que o diga Plutão).

A mente humana desde cedo começou a cartografar estas maravilhas, construindo um sentido que possa ter alguma relação connosco. A primeira coisa óbvia é que estes astros são Deuses.


Planetas no Human Design

Os Deuses


Simbolicamente, cada astro começa a ser associado a um deus, e as suas histórias ganham vida nos mitos. Ainda hoje associamos Vénus às histórias ardentes da Deusa do Amor e Marte à fúria das batalhas. Júpiter continua a ser o Rei dos Deuses e é dele que brotam as grandes bênçãos.


Os astros físicos não estão dissociados das figuras mitológicas, e tais figuras são representações de aspectos da psique humana. Tudo sempre esteve ligado.


"O que está embaixo é como o que está em cima e o que está em cima é como o que está embaixo, para realizar os milagres de uma única coisa." Tábua de Esmeralda

Hoje sabemos que os neutrinos nos trazem a energia do núcleo das estrelas e que essa energia fica impregnada pela energia dos planetas do nosso sistema solar. É assim que somos ativados e que carregamos essa energia no nosso ADN. (mais sobre neutrinos neste artigo)

No mundo moderno, esta ligação com o cosmos foi praticamente esquecida. Já não vivemos os velhos mitos e as velhas histórias. Já não percorremos grandes distâncias com Mercúrio nem nos aventuramos no Submundo para visitar Hades. Desconhecemos o doce sabor da ambrósia e ignoramos que numa ilha perdida se encontram as árvores com as maçãs douradas.


Isto quer dizer que há áreas do nosso Ser às quais não temos acesso consciente. Dons e potenciais adormecidos, que vivem no nosso imaginário e que algumas histórias modernas vão ativando. O enorme sucesso de Star Wars, por exemplo, deve-se ao facto de evocar velhos mitos (a difícil relação entre Júpiter e Saturno ou Saturno e Urano, por exemplo) e de nos permitir revivê-los.


No entanto, é possível recuperar a magia dos Planetas e ativar esta nossa relação connosco mesmos e com o cosmos. E o Human Design, com o seu inovador sistema de energia, o Bodygraph, vem permitir-nos isso mesmo.


"Cada planeta contribui para o Ser total.

 (...) No Human Design, a Definição é o "aluno", os centros indefinidos são a "escola" e os planetas são os "professores".
 
Cada um deles informa pela sua capacidade de filtrar o fluxo de neutrinos e afeta-nos diretamente na alteração dessa informação.

 Deuses, de facto.




Não é preciso ser astrólogo para chegar ao Human Design.
 
Pelo contrário, embora o conhecimento astrológico seja de grande valor, muita da sua sabedoria é aceite em segunda mão.

 No Human Design, através da compreensão da mecânica, pode-se experimentar o condicionamento dos planetas a um nível único e pessoal."




Ra Uru Hu, O Livro Negro



O corpo de energia


Cada planeta no céu tem uma correspondência com uma ativação no nosso sistema energético particular. São os planetas (Sol e Lua incluídos nesta definição, por conveniência) que ativam as portas e permitem criar o fluxo de energia (Canais e centros ativados) que constitui a nossa Definição (a energia que emitimos, que oferecemos ao mundo).


Onde não há planetas a ativar-nos é onde estamos receptivos ao que vem de fora, quer por parte das pessoas que nos rodeiam, quer pelos planetas que transitam pelo céu.


Assim, aquilo que é consistente em nós vai depender da ação dos planetas que nos ativam, e aquilo que traz movimento e aprendizagem às nossas vidas vai depender dos planetas que ativam as pessoas com que nos cruzamos e dos planetas que circulam no céu em cada momento.


Professores, sim, como diz o Ra. Mas muito mais do que isso.


Susana de Sousa Human Design Gerador Sacral 6/2

No gráfico acima, Mercúrio e Neptuno ativam o Canal do Ritmo, o desenho de estar no fluxo. Esse canal só funciona em pleno quando me rendo às águas universais (o reino de Neptuno) e quando busco compreensão (Mercúrio) nos padrões lógicos da existência. Escrever ou falar (Mercúrio) sobre padrões (circuito lógico) ajuda-me a canalizar o fluxo do inconsciente colectivo (Neptuno) e partilhar processos de transcendência com outros. Esta ativação permite-me canalizar o numinoso através das palavras (Mercúrio) e as imagens arquetípicas (Neptuno).


Outra pessoa com o mesmo canal ativado por outros planetas terá uma forma diferente de vivenciá-lo e de partilhá-lo.


Os planetas ativados em cada um de nós são a força que nos move. Perceber o papel de cada planeta em cada um dos nossos centros energéticos e circuitos, vai-nos trazer uma compreensão incrível sobre quem somos e sobre como estamos desenhados para agir. E se formos mais fundo e nos ligarmos à mitologia e à energia dos planetas, através de processos de transformação internos, conseguimos potenciar a ação do planeta, que por vezes está adormecida por condicionalismos de toda uma vida.


Por exemplo, eu tenho o meu Sol a ativar o Centro da Raiz (Porta 39), num circuito individual. Quando me conecto ao Sol e faço a ativação do meu Sol interno, a expressão desta porta ganha calor e brilho. Sinto-me a ser potenciada para provocar a emoção nos outros, para ajudá-los a serem mais autênticos e a descobrirem a maravilha do seu espírito único. O meu Sol ganha substância e fuel para transformar através da sua individualidade criativa.



A minha conexão com os planetas


Quando falamos sobre o planeta, quando contemplamos a sua imagem ou exploramos a sua mitologia, o planeta vem ter connosco e começa a exercer influência na nossa vida.


A minha primeira conexão visível com estas forças numinosas foi quando participei de um projecto de turma para a Disciplina de Filosofia, na Secundária. Resolvemos fazer um filme sobre os deuses olímpicos: "Em Busca da Perfeição".


Os deuses da Antiguidade discutiam o papel da Humanidade no mundo, e perguntavam se alguma vez os homens iriam ser perfeitos. Duas deusas, Afrodite e Atena, teriam de viajar ao futuro, para espreitar o que se passava na Terra e resolver a disputa.


A minha verdade mais profunda (Plutão) é o "estado de Buda" (Porta 18.6), pelo que já sentia o apelo para "ver" (linha 6) os padrões futuros da perfeição humana.


No filme, eu interpretava a deusa Afrodite e a minha melhor amiga interpretava a deusa Atena. Ela tornou-se campeã de desportos de combate. Atena, a deusa da Guerra, exerceu a sua influência com mestria.


Eu, sem me aperceber da presença de Afrodite, deusa do Amor e da Beleza, pedi ajuda a um amigo da minha tia para a escolha de músicas para o filme. A música foi fundamental para construir a trama emocional deste filme (mais um tema de Vénus). Eu e ele tornámo-nos grandes amigos e, alguns anos mais tarde, ele homem tornou-se o meu companheiro de vida.


Quando fundei o YourSelfStory, escolhi como lema a frase: "descobre a Beleza que há em ti." Só agora tomei consciência de nítida influência da Deusa do Amor e da Beleza neste meu projecto. Cheguei a ter no site um texto em que contava a história de um espelho (símbolo de Afrodite/Vénus) que permitia ver a beleza oculta dentro de cada ser.


Na vida e no trabalho, a deusa tem estado sempre comigo. Se foi o facto de ter encarnado a personagem que potenciou esta conexão, ou se foi a conexão já existente que me levou a encarná-la, não sei dizer. Só sei que estou grata pelo amor que me tem trazido.



O filme teve muito sucesso, e no ano seguinte fomos convidados a produzir uma sequela: "Em Busca da Perfeição II". As deusas retornavam à Terra, desta vez para ajudar a resolver os problemas dos homens (a minha porta do Sol, 39.6, é o "Solucionador de Problemas").


O que estava a acontecer, sem que eu ainda tivesse percepção, é que estava a trazer o poder dos arquétipos para resolver situações da vida prática. Estes filmes já tinham um carácter profético, curador e transformador, embora na altura eu nem imaginasse que tal coisa fosse possível.


Se soubermos olhar, veremos que estes arquétipos estão presentes na nossa vida, e que tomar consciência deles pode ajudar a que trabalhem connosco e não contra nós.


Depois destes dois filmes, produzi e realizei mais alguns, desta vez mais focados no meu mundo pessoal e não tanto no colectivo. Olhando para eles, vejo temas que têm estado no inconsciente da minha família, e que através dos filmes (regidos por Neptuno) se começaram a expressar.


Nunca deixei de estar ligada ao mundo dos deuses, mas ignorava a minha relação com a energia dos planetas, até que há uns quatro anos recebi um chamado de Saturno. Estava a assistir à série "The OA", quando umas imagens e sons me começaram a trazer pensamentos sobre karma, tempo, responsabilidade. Lembro-me de pensar: "Saturno... Por que estou só a pensar em temas ligados a Saturno?".


Na cena seguinte, foi revelado que as imagens pertenciam ao planeta Saturno, e tomei consciência de que os planetas são consciência viva. Saturno (regente do meu mapa astrológico) estava a convidar-me para atravessar o portal e começar a olhar para outras dimensões. Estava também a dizer-me para materializar este conhecimento, para lhe dar uma forma e uma estrutura.


Com o conhecimento que já tinha sobre o Human Design, a minha visão podia aprofundar-se. Era a altura de trazer estes planetas/deuses ao mundo real, ao corpo, à matéria.


Continuamente ligados a nós pelo fluxo de neutrinos, os planetas não são objectos distantes, a navegar pelo firmamento. Fazem parte de nós, pois estão no nosso corpo energético.


Saturno - Planetas no Human Design

Como o arquétipo de Saturno é o Professor, o Mestre, que nos traz a responsabilidade de seguir o nosso caminho individual, senti este chamado como uma necessidade de aprendizagem profunda sobre os planetas. Mas tarde, algumas visões vieram reforçar esta necessidade, e é a isso que me tenho dedicado nos últimos anos.



A culpa é de Mercúrio


Sensivelmente na mesma altura em que tive este chamado de Saturno, o deus Mercúrio também me chamou. Eu tinha ido assistir ao filme "Bohemian Rhapsody", sobre Freddie Mercury, e levei dias e dias a ouvir as músicas dos Queen.


Para minha surpresa, senti a presença do deus Mercúrio. Ele dizia-me:


- Deixa que nos apanhem! Vamos brincar!


Sem perceber muito bem o que me estava a ser pedido, fechei os olhos e tornei-me receptiva. Foi nesse momento que começou a minha conexão intuitiva com os deuses. A primeira a revelar-se foi Afrodite.


O que resultou deste meu mergulho no universo dos deuses foi um programa de conexões intuitivas que se assemelham a viagens internas, com ativações energéticas e processos de elevação da consciência.




As mentorias de Human Design com os planetas


Foi só depois de ter sido iniciada energeticamente pelos deuses que comecei a trabalhar com os planetas através do sistema de Human Design.


Este incrível sistema lógico permitiu-me ancorar a energia através da linguagem (Mercúrio), de forma a conseguir despertar os dons e potenciais que cada planeta tem para oferecer.


Depois de ter feito este processo em mim mesma, recebi o chamado para criar um espaço de exploração que me permita ajudar outros nesta fantástica jornada. Comecei por criar duas mentorias de grupo, e pouco depois surgiu uma mentoria individual:



Afrodite continua a pedir-me que revele a Beleza oculta em cada Ser, e eu continuo a responder ao chamado.


* a Mandala e o Rave Bodygraph são marca registada da Jovian Archive




O que dizem desta newsletter:


"Cada newsletter é sempre uma boa surpresa e escrita numa linguagem doce e maravilhosa que nos enche a alma."

“Tanta LUZ!”

"Ler esta newsletter é um bálsamo para a alma e um elixir de renovação para o coração!"

“Espectacular!”

“Obrigada por seres este veículo de descoberta e autoconhecimento.”

“Wow! Adorei!”

“Susana, todas as suas mensagens vêm mesmo no momento certo.”

“Emocionante.”

“Estás a funcionar como um despertador!”

“Lindo!”

"Adoro a tua escrita! Tão poética e bela, fico com um senso tão maravilhoso das coisas pela forma como te exprimes."

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